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Enquanto consumimos – o tempo todo – discursos, influências e propagandas de produtos sustentáveis, que são o borogodó do momento,  as pequenas empresas se questionam se podem, e como devem se comunicar sem serem oportunistas. Mas afinal, vender sustentabilidade é oportunismo?

Antes de falar como vender o seu peixe #plasticfree, vamos mergulhar nesse oceano de mil tretas da comunicação comercial voltada à sustentabilidade. Assim, você vai entender o motivo desse receio em divulgar aquilo que você pratica de fato, e tem como pilar inquestionável da sua empresa (né?! 👀 )

Vender sustentabilidade

A prática comercial da sustentabilidade é um assunto historicamente novo, considerando que a aceitação da degradação ambiental dada pelo modelo antropoceno, foi aceita mundialmente na Conferência de Estocolmo, em 1972. Portanto, como toda novidade, essa também é cercada por divergências e excesso de informações, o que por vezes, leva a interpretações equivocadas. Logo, é comum que a maioria se sinta perdido.

O movimento sustentável

O movimento sustentável surgiu com um viés idealista muito forte, o que inicialmente faz sentido para espalhar a mensagem, mas ao longo do tempo isso acabou não correspondendo à abrangência do movimento. E é por isso que, ainda hoje, associamos as práticas ecológicas e mais naturais a um estilo de vida que coloca o indivíduo que tem um perfil habitacional, social e estético bem específico como protagonista. (Esse mesmo que você viu na sua cabeça)

Por isso o diálogo foi bem mais explorado nas práticas pessoais a serem adotadas pelos consumidores, do que nas empresas que produzem em larga escala aquilo que precisaríamos de milhões de consumidores conscientes para resolver.

Recuperando a confiança para vender sustentabilidade

Personificar o problema e ter pouca informação de fontes confiáveis a respeito do assunto, minam a nossa segurança para posicionarmos com firmeza na atuação de marketing e venda de produtos e serviços sustentáveis, pois enquanto pequena empresa você é a moça do marketing, do SAC, da limpeza, do RH, financeiro, da produção… E também é você quem vai segurar essa bronca de não se comunicar direito com um público bem exigente. 

Agora que já falamos das questões que engatilham esse receio na comunicação comercial da sustentabilidade, quero compartilhar algumas dicas que valem para sua atuação assertiva dentro e fora da internet. 

Vender sustentabilidade na internet

Antes de tudo, foque no mantra que deve guiar sua comunicação na internet:

“Mais importante do que saber o que a gente deve comunicar, é saber o que não devemos comunicar.” – Amanda Santos

Então, agora vamos à prática 👇

O que você deveria fazer:

  • Focar o seu discurso e repetir ele incansavelmente;
  • Estudar o seu assunto foco, pra se sentir cada vez mais confortável e empoderada dele e não falar besteira;
  • Trazer uma visão transparente e empática do seu produto ou negócio;

O que você NÃO deveria fazer:

  • Não estimular o comportamento compulsivo digital. Sabe aquele hype do momento? O conteúdo rápido, genérico e superficial? Evite-o e construa a sua atuação – e seu conteúdo – em bases mais sólidas;
  • Não idealizar demais. A sustentabilidade é um processo que evolui conforme a prática. Se essa prática não tiver um início, então ela nunca ficará melhor. Faça o possível;
  •  Não esperar ter dinheiro para investir em uma comunicação mais elaborada a respeito de sustentabilidade, o que ela mais exige é compromisso e isso não tem PIX que pague;
A chave é essa! (Imagem: Rede Pivo)

Houve um aumento de 41% nas vendas online em 2020 e o comportamento de consumo continua indicando para sustentabilidade. (fonte: Infomoney) É natural querer uma fatia desse bolo (oi, capitalismo!), utilizar marketing para vender produtos sustentáveis é um meio inevitável e que não é vilão por si só. O que faz essa comunicação ser danosa e oportunista é quando ela não cumpre o que promete